Quais são os tumores odontogênicos mais comuns na Bucomaxilofacial

Quais são os tumores odontogênicos mais comuns na Bucomaxilofacial?

Lidar com os tumores odontogênicos sempre é um grande desafio para a cirurgia bucomaxilofacial, tanto em seu diagnóstico como no tratamento cirúrgico. Por serem casos mais desafiadores do que o comum, é necessária a devida preparação para que o profissional não seja pego de surpresa sem a preparação adequada.

E não é só o cirurgião que deve se preocupar! Os tumores ainda são tópicos muito recorrentes nos mais variados concursos e provas para a residência ao redor do Brasil. Para que você, estudante que sonha em ser buco, não seja pego de surpresa também, é necessário conhecer os principais e saber suas características fundamentais.

O que são tumores odontogênicos?

Por definição, temos que os tumores odontogênicos são lesões neoplásicas, oriundas de tecidos epiteliais, mesenquimais e ectomesenquimais, que se desenvolvem de forma exclusiva tanto na mandíbula como, também, na maxila. As lesões abrangem tumores benignos e malignos separados por três categorias que visam facilitar a análise histopatológica para detectar a origem e suas formas de tratamento.

O que são tumores odontogênicos
Fonte/Reprodução: original

Em grande parte dos casos, o diagnóstico do tumor ocorre por exames radiográficos, em que se detecta uma lesão envolvendo o dente canino. Por isso, é importante sempre manter consultas regulares – em casos que um paciente desenvolva os tumores odontogênicos, pode levar dias ou semanas para sentir incômodos.

A patologia tem um desenvolvimento assintomático e lento, minimamente invasivo e que acomete os ossos dos maxilares. Para assegurarmos qualidade de vida ao paciente, diagnosticar precocemente e avaliar a extensão da lesão é necessário aconselhar o melhor tratamento.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico dos tumores odontogênicos são conduzidos por exames complementares, como a radiografia e o histopatológico, que demonstra uma proliferação acentuada de tecido epitelial em diferentes estruturas. Porém, o mais comum são as células epiteliais fusiformes e cuboidais, as quais se aglomeram e demonstram similaridade estrutural às rosetas.

Cabe comentar que existem alguns tumores que são detectados em exames radiográficos de rotina. O mais comum é o TOQ, porém nem sempre esse diagnóstico é considerado válido pelo fato do tumor se mostrar de forma semelhante a outras lesões na radiografia como o Ameloblastoma ou Cisto dentígero, por exemplo.

Quais são os principais tumores odontogênicos?

Os tumores odontogênicos se enquadram em características malignas e benignas que atingem públicos específicos. Em muitos casos, os pacientes não relatam dores e sequer percebem o desenvolvimento, tendo ciência após o exame citopatológico ou um alerta na radiografia.

Caracterizam-se como principais tumores o ameloblastoma, tumor odontogênico adenomatoide, mixoma, odontoma, cementoblastoma e fibroma ameloblástico. Os quais, embora sejam catalogados como benignos, necessitam de análise clínica completa para fornecer um diagnóstico eficiente a cada paciente, pois podem se desenvolver rapidamente e provocar grande destruição de estruturas ósseas e dentárias.

Tumor odontogênico adenomatoide – TOA

Este tumor não invasivo, assintomático e de crescimento lento, acomete a área óssea do maxilar, muito comum em coroa de dentes caninos. E por se tratar de um tumor benigno, não é considerado recidivo, bastando apenas o tratamento para eliminá-lo.

Tumor odontogênico queratocístico

O tumor odontogênico queratocístico (TOQ) é um dos que possuem comportamento agressivo. Tem origem epitelial, alto teor recidivante e é assintomático na grande maioria dos casos acometendo, com mais frequência, homens de qualquer faixa etária.

Tumor odontogênico ceratocístico

Esse tumor tem origem nos remanescentes na lâmina dentária e causa danos na mandíbula, especialmente em região posterior. Possui comportamento agressivo e se encaixa nos tumores benignos, com uma taxa de ocorrência de 26%. Por fim, alguns casos relatam a associação desse tumor com a síndrome de Gorlin.

Ameloblastoma

Similar aos favos de abelhas, o ameloblastoma é originário do epitélio, com derivação do esmalte dentário. Sua taxa de ocorrência é de 43% e é de crescimento lento, localizado no lado posterior mandibular. Pode possuir variações entre lesão unicística, multicística e sólida.

Mixoma

Detectado na mandíbula, o mixoma é originário do mesênquima, proveniente de germes dentários e é mais frequente em mulheres. Tem taxa de ocorrência de 11% e pode causar dor dependendo da extensão. Apenas com ressecção é possível eliminar o tumor, porém, com grande dificuldade por se tratar de uma lesão gelatinosa.

Odontoma

Os pacientes mais afetados pelo odontoma são adolescentes e crianças, em que a neoplasia ocorre na região posterior dos maxilares. Nesta área, desenvolve-se uma massa de tamanho irregular e mineralizado, envolto de uma área radiolúcida quando em sua versão complexa. Por fim, ressalta-se que possui 10% de frequência nos casos registrados.

No odontoma composto, variante da lesão, detectamos uma estruturação em minerais que lembram o formato rudimentar dentário no maxilar afetado. Além disso, a patologia é associada ao osteoma ou lesões severamente calcificadas, causando confusões em profissionais no momento de realizar o diagnóstico.

Cementoblastoma

Extremamente raro, o cementoblastoma é um tumor ectomesenquimal que afeta a mandíbula, especificamente os molares, na qual a patologia se conecta à raiz dos dentes e a reabsorve. Esta neoplasia é parecida com o que vemos na doença Paget, já que encontramos em radiografias linhas reversas padronizadas.

Fibroma ameloblástico

Origina-se na mandíbula posterior e carece de mais atenção por se tratar de uma doença recidiva e, mesmo com o tratamento adequado, o fibroma ameloblástico pode se transformar em um tumor maligno. Por isso, é indispensável realizar acompanhamento regular com os pacientes em busca de analisar a cicatrização e possíveis recorrências.

Percebe-se que os tumores odontogênicos se diferenciam em detalhes, o que com certeza será utilizado em suas provas. Caso queira se aprofundar em todos os conteúdos necessários e garantir sucesso em seu concurso da área, confira o que nosso site guarda para você!

Quais são as características dos tumores odontogênicos?

Observando todos os tipos de tumores odontogênicos listados anteriormente, exceto o TOA, podemos perceber que sua característica principal é o comportamento infiltrativo e crescimento lento. A falta de sintomas muito evidentes na maioria dos casos também é característico desses problemas. Por fim, vale informar que alguns tumores são mais agressivos do que outros.

O TOA, por sua vez, diferencia-se por não ser invasivo, mas possuir o seu crescimento lento, igualmente aos tumores já explicados. Por serem lesões neoplásicas, os tumores provocam justamente uma multiplicação anormal de células, fator esse que gera diversas consequências ao paciente.
Possíveis tratamentos para os tumores odontogênicos

Quais são as características dos tumores odontogênicos
Fonte/Reprodução: original

Os tratamentos para os tumores odontogênicos variam de acordo com o tipo que se apresenta no paciente e os sintomas que se mostram nele. Por conta do grande número, explicaremos os principais e o aprofundamento geral, que você poderá conferir nos módulos do RevisaBuco!

Começando pelo adenomatoide, este é tratado geralmente com enucleação cirúrgica conservadora e, em outros casos, com curetagem da lesão. O ameloblastoma, por sua vez, utiliza da ressecção da mandíbula, com margem de segurança, devido ao grande índice de recidiva em lesões.

Outro tumor que merece comentários é o odontoma. Por conta da presença de cápsula fibrosa, utiliza-se a excisão cirúrgica total sem grandes dificuldades por conta da praticidade contida na clivagem. Cabe informar os tratamentos para os TOQs, que geralmente são tratados com terapia coadjuvante para lesões externas, realizada previamente ao processo de enucleação cirúrgica.

Os tumores odontogênicos constituem um conteúdo importante justamente pela grande recorrência nos consultórios, perdendo apenas para os cistos. Por isso, caso você deseje dominar os mais diversos assuntos de Maxilofacial e Oral de uma forma única e eficiente, garanta a sua vaga para 2024 nos módulos do RevisaBuco e invista na sua vaga!